domingo, 15 de novembro de 2009

Depois de algum tempo, reapareci no blog para postar alguma coisa.

Vou colocar um pensamento de Sérgio Buarque de Holanda, extraído de Raízes do Brasil.


"O Estado não é uma ampliação do círculo familiar e, ainda menos, uma integração de certos agrupamentos, de certas vontades particularistas, de que a família é o melhor exemplo. Não existe, entre o círculo familiar e o Estado, uma gradação, mas antes uma descontinuidade e até uma oposição. A indistição fundamental entre as duas formas é prejuízo romântico que teve os seus adeptos mais entusiastas durante o século XIX. De acordo com esses doutrinadores, o Estado e as suas instituições descenderiam e linha reta, e por simples evolução, da família. A verdade, bem outra, é que pertencem a ordens diferentes em essência. Só pela transgressão da ordem doméstica e familiar é que nasce o Estado e que o simples indivíduo se faz cidadão, contribuinte, eleitro, elegível, recrutável e responsável, ante  as leis da Cidade." 


E, então?  Você concorda com isso? Seria mesmo de uma transgressão da ordem doméstica e familiar que nasce o Estado? Por que? Sim? Não?

Nenhum comentário:

Postar um comentário