Depois de algum tempo, reapareci no blog para postar alguma coisa.
Vou colocar um pensamento de Sérgio Buarque de Holanda, extraído de Raízes do Brasil.
"O Estado não é uma ampliação do círculo familiar e, ainda menos, uma integração de certos agrupamentos, de certas vontades particularistas, de que a família é o melhor exemplo. Não existe, entre o círculo familiar e o Estado, uma gradação, mas antes uma descontinuidade e até uma oposição. A indistição fundamental entre as duas formas é prejuízo romântico que teve os seus adeptos mais entusiastas durante o século XIX. De acordo com esses doutrinadores, o Estado e as suas instituições descenderiam e linha reta, e por simples evolução, da família. A verdade, bem outra, é que pertencem a ordens diferentes em essência. Só pela transgressão da ordem doméstica e familiar é que nasce o Estado e que o simples indivíduo se faz cidadão, contribuinte, eleitro, elegível, recrutável e responsável, ante as leis da Cidade."
E, então? Você concorda com isso? Seria mesmo de uma transgressão da ordem doméstica e familiar que nasce o Estado? Por que? Sim? Não?
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